Quando um homem vive em estado de desatenção ele não compreende e não pode perceber nada, ele não possui critérios para fazer julgamentos verdadeiros. Tal pessoa naturalmente se comporta de forma ilógica e desarrazoada. Toda a sua vida é baseada em conceitos ilógicos mas ele não percebe isto.
O princípio essencial da sabedoria é não acreditar em uma presunção, até que ela seja provada definitivamente. Ninguém que seja inteligente e razoável baseia sua vida em alguma coisa que não esteja provada. Por exemplo, ninguém toma um medicamento que não seja totalmente conhecido, achando que talvez ele seja bom. Cada ação deve ser baseada em verdades certas.
No entanto, os incrédulos baseiam suas vidas em meras suposições. Eles não acham que viverão uma vida após a morte. Não imaginam que pagarão pelo que tiverem feito ou acham que não serão inculpados, mesmo que exista um acerto final. Todo sistema e ideologia que eles admitem estão baseados em algumas espécies de conjecturas e, assim, sua visão de mundo não depende de uma base verdadeira e correta.
Na Surata 18, temos o caso dos dois fazendeiros, um deles descrente e o outro um crente. Conforme mencionado acima, o descrente neste caso, baseou sua vida em algumas suposições e conjeturas falsas:
"Expõe-lhes o exemplo de dois homens: a um deles concedemos dois parreirais, que rodeamos de tamareiras e, entre ambos, dispusemos plantações. Ambos os parreirais frutificaram, sem em nada falharem, e no meio deles fizemos brotar um rio. E abundante era a sua produção. E disse ao seu vizinho: Sou mais rico do que tu e tenho mais poderio. Entrou em seu parreiral num estado (mental) injusto para com a sua alma. Disse: Não creio que (este parreiral) jamais pereça, como tampouco creio que a Hora chegue! Porém, se retornar ao meu Senhor, serei recompensado com outra dádiva melhor do que esta." (Acorão 18:32-36)
As afirmações feitas nesses versículos são importantes. O descrente diz que não acredita que seu pomar se acabe e nem que a hora do julgamento virá. Esta é uma simples suposição e não há prova concreta em relação a isso. No entanto, o proprietário considera essa suposição falsa e inverídica como fundamento. A conclusão leva-o a total destruição, como o resto da história nos mostra:
"Seu vizinho lhe disse, argumentando: Porventura negas Quem te criou, primeiro do pó, depois, de esperma e logo te moldou como homem? Quanto a mim, Deus é meu Senhor e jamais associarei ninguém ao meu Senhor. Por que quando entrastes em teu parreiral não dissestes: Seja o que Deus quiser, não existe poder senão em Deus! Mesmo que eu seja inferior a ti em bens e filhos, é possível que meu Senhor me conceda algo melhor do que o teu parreiral e que, do céu, desencadeie sobre o teu uma centelha, que o converta em um terreno de areia movedça. Ou que a água seja totalmente absorvida e nunca possas recuperá-la. E foram arrasadas as suas propriedades; e (o incrédulo, arrependido) retorcia, então, as mãos, pelo que nelas havia investido, e, vendo-as revolvidas, dizia: Oxalá não tivesse associado ninguém a meu Senhor! E não houve ajuda que o defendesse de Deus, nem pôde salvar-se. Assim, a proteção só incumbe ao Verdadeiro Deus, porque Ele é o melhor Recompensador e o melhor Destino. (Alcorão 18:37:44)
Assim, todos os incrédulos se submetem a conjeturas e não à verdadeira sabedoria. O conhecimento que é verdadeiro, com a certeza exata, é o conhecimento que vem de Deus, que é inspiração- Se o homem quiser basear sua vida no conhecimento que é verdadeiro e com certeza exata, ele deve ter o Alcorão como seu livro e padrão de julgamento. Quanto ao homem que julga com base na ideologia, na filosofia, no sistema, na metodologia ou na ciência, não chegará ao conhecimento preciso, porque todas essas correntes de pensamento não provêm da fonte divina, não passando de simples suposições. Conforme mencionado no Alcorão
Embora careçam de todo o conhecimento a esse respeito. Não fazem senão seguir conjeturas, sendo que a conjetura jamais prevaleceu, em nada, sobre a verdade (Alcorão 53:28)
O Alcorão define as pessoas que descartam o caminho de Deus como submissos a simples suposições:
'Que pereçam os inventores de mentiras! Que estão descuidados, submersos na confusão! Perguntam: Quando chegará o Dia do Juízo? (Será) o dia em que serão testados no fogo! (Ser-lhes-á dito): Provai o vosso teste! Eis aqui o que pretendestes apressar!" (Alcorão 51:10-14)
Aqueles que associam outros deuses a Deus são, na verdade, todos submissos a suposições. No Alcorão está dito:
"Tais (divindades) não são mais do que nomes, com que as denominastes, vós e vossos antepassados, acerca do que Deus não vos conferiu autoridade alguma. Não seguem senão as suas próprias conjeturas e as luxúrias das suas almas, não obstante ter-lhes chegado a orientação do seu Senhor!" (Alcorão 53:23)
Se obedeceres à maioria dos seres da terra, eles desviar-te-ão da senda de Deus, porque não professam mais do que a conjetura e não fazem mais do que inventar mentiras." (Alcorão 6:116)
Yeryüzünde olanların çoğunluğuna uyacak olursan, seni Allah'ın yolundan şaşırtıp-saptırırlar. Onlar ancak zanna uyarlar ve onlar ancak "zan ve tahminle yalan söylerler." (Enam Suresi, 116)
"Sua maioria não faz mais do que conjeturar, e a conjetura jamais prevalecerá sobre a verdade; Deus bem sabe tudo quanto fazem!" (Alcorão 10:36)
Aqueles que se submetem às suposições acham que podem criar e oferecer algumas simples desculpas a Deus para salvaguardá-los. Na verdade, isto é mera conjetura e contradiz a realidade. Suas escusas não serão aceitas perante Deus.
"Os idólatras dirão: Se Deus quisesse, nem nós, nem nossos pais, jamais teríamos idolatrado, nem nada nos seria vedado! Assim, seus antepassados desmentiram os mensageiros, até que sofreram o Nosso castigo. Dize: Tereis, acaso, algum argumento a nos expor? Qual! Não seguis mais do que conjeturas e não fazeis mais do que inventar mentiras!" (Alcorão 6:148)